domingo, 8 de junho de 2014

Terapia assistida por animais - TAA - Por Vilma Costa



Muitos animais tem o poder de curar pessoas, principalmente nos casos de depressão, ou auxiliar no processo de cura, em casos de pacientes transplantados cardíacos, com arritmia. Pacientes com síndromes ou doenças que afetam as funções cerebrais, também são beneficiados com os animais co-terapeutas. No Hospital Dante Pazzanese de cardiologia em São Paulo, uma amiga trabalhou durante alguns anos com gatos, que ajudavam pacientes cardíacos, recém transplantados ou portadores de arritmias, no ajuste do compasso cardíaco. Os felinos são colocados sobre o tórax dos pacientes e o “ronronado” dos gatos, faz com que o coração passe a bater no ritimo correto.

Desde 2009, o Hospital Albert Einstein  em São Paulo permite a entrada de animais, desde que o médico autorize. O animal pode ser um terapeuta, ou o próprio animal de estimação do paciente. Há relatos de médicos do hospital que há tanto redução no tempo de internação, quanto redução de medicamentos durante o tratamento de pacientes que recebem visitas de animais. A equoterapia  é um excelente recurso, pois permite que o paciente tenha a sensação de liberdade, sem restrições e está disponível em várias cidades.Cães e gatos são fundamentais para a manutenção da sanidade mental de vários idosos, já  que estes se sentem úteis ao cuidar do bichinho de estimação e estão sempre em atividade, conversando, dando broncas, se divertindo com o parceiro de toda hora e que topa tudo.

Tenho clientes, proprietários de cães e gatos que relatam que o comportamento do filho melhorou muito depois de ser responsável por um animal; outros que afirmam ter se curado da depressão com ajuda de um animal de estimação e muitos que dizem que seus filhos hiperativos, encontraram a tranquilidade em um aquário e atualmente possuem melhor qualidade de vida.

Em 2002, tive a oportunidade de utilizar animais de companhia para auxiliar no tratamento de crianças com paralisia cerebral de vários graus, crianças com síndrome do Xfrágil e outras patologias que afetam o sistema nervoso e podem comprometer o desenvolvimento mental.
Foi uma experiência incrível, é nítida e imediata a evolução dos pacientes ao entrarem em contato com animais. Crianças que não se comunicavam, passaram a se esforçar para se comunicar com os animais; crianças que não andavam e possuíam condições motoras para caminhar e não faziam, passaram a dar os primeiros passos para poder se aproximar de cães, ferrets, lagartos.

Neste instituto eu trabalhava com animais exóticos, os resultados foram ótimos, crianças felizes, interagindo, melhorando, evoluindo, porém, nem todo animal pode ser terapeuta. Para ser terapeuta ou co-terapeuta, o animal precisa ser dócil, sociável, obediente, muito brincalhão, paciente e saudável. Sendo terapeuta ou de estimação, eles são fundamentais para saúde física e mental dos seres humanos, pacientes em tratamento em um hospital ou simplesmente membros de suas famílias.

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